Seja de natureza interior, familiar ou empresarial, crises tendem a gerar desconforto e, por vezes, a sensação de impotência e desorientação. O panorama brasileiro não foge a esta descrição. Por mais conveniente que pareça, enganar-se em um momento assim está longe de ser uma decisão ideal, já que desarranjos podem também guardar uma perspectiva curiosa e promissora: a mudança.
Reinventar-se em tempos difíceis é tarefa árdua, ainda mais complexa se transportada para a esfera dos negócios, na qual a concorrência se revela cada vez mais rigorosa e empresas castigam equipes quando recorrem ao corte de gastos como recurso máximo. Mas que tal inovar?
De fato, o profissional que se mantém em movimento já sai na frente. Embora estar atento às notícias seja vital, é ainda mais importante diferenciar a informação útil da ardilosa. Quão revigorante quanto este olhar é fitar a crise por outro ângulo e substituir toda tensão por entusiasmo e criatividade. Se qualquer resquício de receio persistir, inspire-se com as muitas histórias de sucesso de quem superou adversidades e encontrou o próprio caminho quando decidiu ousar.
Reflexo deste posicionamento inovador, a atitude reforça os princípios e propósitos de cada indivíduo, ingredientes indispensáveis ao longo da virada profissional. Ter consciência dos próprios limites e anseios, e convicção de onde se deseja chegar, aumenta a segurança e a determinação na hora de tomar decisões e a persistência para contornar possíveis desafios. Com isso, fica ainda mais fácil defender as propostas audaciosas que o mercado carece.
Talvez o segredo não seja apenas a mudança, mas o despertar para o novo e, acima disso, a combinação entre um currículo repleto de qualificações e um sujeito de postura inteligente, que reconhece o valor de investir em si mesmo. É chegada a hora de arriscar e empreender. E isso não significa abrir negócios, mas construir oportunidades ao invés de esperá-las.
Este artigo foi publicado primeiramente no Jornal Diário dos Campos, de Ponta Grossa/PR.