Neste 15 de outubro de 2020, com tantas coisas acontecendo, eu quero falar daquelas pessoas que abrem caminhos que nunca trilharão, apresentam mundos novos, onde nunca viverão, despertam paixões por atividades que nunca exercerão e, como verdadeiros desbravadores, abrem mentes, olhos, corações e, num determinado ponto dessa linda viagem, descem e deixam tudo que conquistaram para serem desfrutados pelos outros, que, durante toda vida, serão chamados de meus alunos e minhas alunas.
“Ah, aquela classe do ano XY, quantas lembranças! E, como aprontavam, provocavam, mas, demos grandes risadas!” Invariavelmente, essa frase é muito falada por professoras e professores.
Muito além do trabalho
Há muito tempo falam da desvalorização dos profissionais de educação, todos já sabemos disso, inclusive os profissionais da Educação. Mas, eles sabem também que educar é um ato de generosidade, que começa nas séries iniciais e vai ao pós-doc universitário.
Nos anos iniciais, a professora vai de carteira em carteira para pegar na mão trêmula da criança que, assustada diante do novo, tenta dominar o lápis e decifrar símbolos, e que, sem perceber o momento exato, um dia, se vê lendo e escrevendo.
Logo chegam as equações, redações, viagens ao passado, travessias pela Depressão Periférica paulista, escalada dos Pirineus e tantas outras aventuras.
Sem sombras de dúvidas, tudo isso não é só um trabalho, é uma vocação, porque, sem perceber, a aluna, o aluno vão saindo de uma “estranha escuridão” e juntando peças do conhecimento (mais com mais, mais com menos, bezão-bezinho, raiz de delta ao quadrado, capitanias hereditárias, acordes de hinos, the book on the table, preservação ambiental, democracia, responsabilidade, entre muito mais). De repente, a aluna e o aluno são cidadãs e cidadãos!!
Missão em tempos de pandemia
Como falei anteriormente, este 2020 está exigindo um pouco mais das pessoas e, esse “plus” necessário também atingiu diretamente professoras e professores.
De uma hora para outra, estão distantes das salas de aulas e dos alunos e, sentem que estes precisam deles, das orientações, não podem ser deixados à própria sorte.
Enquanto em algumas partes do Brasil, professores corriam para aprender fazer lives, preparar arquivos para downloads e outros recursos digitais, outros escreviam 30 ou 40 lições e deixavam uma a uma, na casa dos alunos. Evitando o contato físico, mas com braços enormes de atenção e carinho para que as crianças se sentissem abrigados.
Esse comportamento, em busca da adaptação à nova realidade, foi uma verdadeira reinvenção da profissão.
Isso demonstra o comprometimento de professoras e professores com a formação e, claro, com a transformação de vidas. Diante de uma situação que chegou de forma tão abrupta, assim como os gestores, líderes, comandantes, os mestres não deixariam o navio ser castigado pela tempestade, sem lutar ou manter o leme.
Neste momento, já que falamos em missão e propósito, deixo minha homenagem à paquistanesa Malala Yousafzai, que, em 2012, aos 14 anos foi baleada por defender a Educação para mulheres em seu país e no mundo. Depois, foi a pessoa mais nova a ser laureada pelo Nobel da Paz “pela sua luta contra a supressão das crianças e jovens e pelo direito de todos à educação”.
Muitos vão dizer que há muitas personalidades que merecem ser homenageadas, porém, Malala Yousafzai aqui simboliza todas as professoras e professores, do passado, do presente e do futuro.
Ela é a prova viva do poder transformador das professoras e professores na vida das pessoas e, mais do que ninguém, é a prova viva do que eu acredito e costumo dizer aos alunos: “Muitos dizem que “nem tudo são flores”; eu quero mostrar que “nem tudo são espinhos”.
O meu profundo respeito e admiração pelas professoras e professores de todas as épocas, cidades e países.
Texto escrito por Betto Alves
É jornalista, publicitário, especialista em Marketing Digital. Experiência em gestão e consultoria de projetos de comunicação offline e digital. Atua como professor na Esamc Campinas, nos cursos de graduação e MBA da instituição, nos eixos de negócios, comunicação e audiovisual. Especialista em desenvolvimento de treinamentos presenciais e em plataformas EAD. Ministrou palestras motivacionais para líderes e colaboradores em várias empresas, com foco Gestão de Pessoas, Marketing Digital, Reprogramação de Hábitos, Gerenciamento de Crise, Maximizar Resultados e Otimizar processos, dentre outras práticas pertinentes ao universo corporativo. Produtor de eventos com foco em Marketing e Empreendedorismo e Marketing Social. Atuação em grandes emissoras de TV locais, e nacionais, como Produtor Executivo, Redator, locutor, Repórter e Apresentador; Editor-Chefe e Diretor de Programas Ao Vivo. Concepção de programação para WebTV. No segmento impresso, atuou como repórter e jornalista. É professor do IBDEC desde de 2018, na área de Marketing Digital.
O Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Educação Corporativa (IBDEC) é uma escola de cursos livres fundada em 2006 e que já formou mais de 17 mil alunos. Acreditamos que a Educação é a melhor ferramenta para garantir o pleno desenvolvimento dos indivíduos e instituições.
Através de projetos e cursos diferenciados, nossa escola permite ao aluno vivenciar nas aulas aquilo que fará em sua atividade profissional, através de exercícios práticos, dinâmicos e reais. Contamos com material didático próprio elaborado e revisado por profissionais experientes, com sólida formação acadêmica e conhecimento de mercado, proporcionando aos nossos alunos o contato com o que existe de mais atual e real em sua área.