Ao surgir uma vaga na empresa, a área de Recursos Humanos é logo avisada para que seja iniciado um processo de recrutamento e seleção. Para muitos profissionais de RH, essa ação pode tornar-se uma dor de cabeça se o cargo for estratégico e mais ainda: seja em caráter de emergência.

O problema é que esses dois fatores, principalmente o segundo, podem levar à contratação de alguém que não atendas às necessidades da empresa. Resultado: volta-se à estaca zero.

Pensando nisso, muitas empresas recorrem ao chamado “Prata da Casa”, aqueles profissionais que já atuam na empresa e que podem atuar em outras atividades com uma melhor performance até mesmo em relação ao cargo que já exercem.

Veja algumas dicas, para que você também valorize os talentos da sua organização e promova um recrutamento interno:
1 – O primeiro passo é manter atualizadas as informações sobre os colaboradores, pois durante o decorrer de um ano, muitos podem ter realizado treinamentos diferenciados, concluindo cursos de língua estrangeira, graduação, pós-graduação ou mestrado. Dessa forma, é possível saber se algum colaborador próximo a você é um candidato em potencial à vaga em aberto.
2 – Depois de confirmar se há colaboradores aptos a exercerem a nova oportunidade, abra “oficialmente” o processo de seleção interna através de um edital.
3 – Divulgue a vaga através de canais internos de comunicação como, por exemplo, intranet, jornal interno e quadro de avisos.
4 – Convide os profissionais que se candidataram à vaga para explicar as reais possibilidades de mudança de função e ascensão dentro da empresa. Isso é fundamental, para que eles tirem dúvidas se desejam ou não continuarem disputando a vaga.
5 – Com a definição dos candidatos, começa propriamente a seleção interna. Apesar de conhecer os profissionais, não dispense as etapas de um processo “tradicional” e promova entrevista com cada colaborador. É aconselhável que essa etapa seja acompanhada tanto pelo profissional de Recursos Humanos quanto pelo gestor que solicitou a contratação.
6 – Um fator interessante é analisar as competências comportamentais que os candidatos apresentam no dia a dia. Para isso, converse com os gestores dos setores em que eles atuam e identifique os pontos fortes e os que precisam ser trabalhados.
7 – Após a realização de todas as etapas do processo seletivo, comunique ao candidato selecionado o que levou a empresa a escolhê-lo para a nova função.
8 – É importante salientar que os demais candidatos à vaga não devem ser deixados de “lado”. Um feedback é indispensável, para que eles saibam que poderão concorrer a outras funções. Isso estimulará as pessoas a verem que elas são, de fato, valorizadas pela empresa em que atuam e não devem desistir da ascensão, em futuras oportunidades.

Anuncie as vagas no canal correto:
Não adianta disparar milhões de ofertas de emprego na rede, se o canal de comunicação não for bem escolhido. É improdutivo e desnecessário receber milhares de currículos, tudo por que a descrição da vaga não foi bem feita e ela foi colocada em todos os canais possíveis. Ou ainda, é ruim não receber currículos por que a vaga foi promovida em canais nos quais os profissionais pretendidos não têm acesso ou não costumam verificar.
Em matéria de recrutamento e seleção, o que importa é a qualidade, não a quantidade! Assim, não deixe de anunciar nos locais corretos para atrair os candidatos que realmente se encaixam na função.

Nem sempre o dono do melhor currículo tem mais potencial para preencher a vaga:
O profissional de RH deve saber reconhecer talentos e potenciais que vão além das habilidades e experiências contidas no currículo dos candidatos. Um currículo rico e bem redigido é muito importante, mas não é o passaporte absoluto para a contratação do candidato. É necessário averiguar se as informações condizem com a realidade. Além disso, um candidato aparentemente menos habilidoso e experiente pode surpreender nas fases da seleção posteriores à triagem dos currículos, bem como nos treinamentos e dedicação diária em sua função. Pense nisso!

Lembre-se! Você representa a empresa:
O profissional de RH é um representante da empresa e a ele são confiadas tarefas extremamente importante para o sucesso do negócio. Por isso, ele deve estar totalmente alinhado com a cultura organizacional da companhia. Além disso, seu julgamento não deve ser baseado no que sente e pensa, mas no que realmente a empresa precisa naquele momento.
O profissional de RH precisa dominar a teoria da administração, a psicologia organizacional, além de ser capaz de desenvolver pessoas, manter um clima excelente na empresa, atrair e reter novos talentos.
Essas são algumas características fundamentais para o bom profissional de recursos humanos.