Desde que Philip Kotler, no inicio da década de 1970, ampliou a definição de Marketing para situações non-bussiness, o Marketing Social como estratégia empresarial, ganhou adeptos e abrangência.

De apoio à vendas de produtos, ele passou a promover causas sociais e ambientais, ideias, comportamentos e atitudes. Podemos dizer que, desde então, o Marketing Social passou a promover e propagar os “rebeldes com causa”.

Propósito além da caridade

No início do século XXI, a chegada das startups, trouxe consigo uma nova visão de negócios, que é aquela que busca um propósito para existir e, busca responder a questão: “O que meu produto/serviço melhora o mundo?”

Essa questão é ampla e ultrapassa as ideias de caridade e assistencialismo, para atuar na definição exata de filantropia, que significa “amor à humanidade”.

Desta forma, essas novas empresas buscam influenciar e transformar o status quo, impactando a sociedade em longo prazo e atuando nas causas dos problemas.

 Proposta de valor

As empresas e as pessoas começaram a perceber que para criar algo certo e que funcione, é preciso criar valor, primeiro para os colaboradores, depois para consumidores e para as comunidades onde estão inseridos.

O professor e filósofo americano Edward Freeman desenvolveu a Teoria dos Stakeholders, aqui entendido como acionistas, colaboradores, consumidores e todos que são afetados negativa ou positivamente pelo empreendimento; e ele afirma: “Criar valor para seus stakeholders é simplesmente acompanhar o propósito do seu negócio”.

Marketing Social x Marketing de Causas Sociais

Um dos mais atuais desafios das empresas é melhorar a conexão com a sociedade. Muitas delas perseguem o conceito de “instituições de esperança” para as pessoas e comunidades onde estão inseridas.

Mas, o que defender: uma causa ou uma questão social?

Ambas garantem destaque e diferenciação no mercado, porém,  os conceitos de cada uma precisam estar muito claros para a empresa e colaboradores.

Marketing de Causas Sociais é uma estratégia que trabalha com a divulgação de produtos e serviços das empresas relacionando-os a defesa de uma causa social, ficou conhecido com a terminologia em inglês como “Business in the Community”.

Dois exemplos clássicos de Marketing de Causas Sociais são o Projeto Criança Esperança, criado pelo comediante Renato Aragão e realizado pela Rede Globo, com apoio da UNICEF;. e o McDia Feliz, promovido pelo McDonalds, onde a venda do BigMac é destinada aos projetos de combate ao câncer infantil.

Por sua vez, o Marketing Social também é uma estratégia que envolve a comunidade, mas seu objetivo é promover campanhas publicitárias com foco na mudança de comportamentos e hábitos do consumidor visando mitigar ou solucionar uma questão social.

Em geral, é associado às Organizações não Governamentais – ONGs e entidades sem fins lucrativas. Mas, podemos usar também dois exemplos de grandes corporações que atuam com maestria : a Coca-Cola com seu programa de utilização de água e a Tetra Pak, com seu programa de Cultura Ambiental em Escolas e Educação Ambiental nas Cidades.

A empresas são muito bondosas?

Engana-se quem pensa ou conclui que , tanto o Marketing Social, quanto o Marketing de Causa Social, são enganadores ou inócuos em seus objetivos.

De maneira geral, empresas investem em temas e causas em que as pessoas – líderes e colaboradores – acreditam e entendem que vão prestar um serviço à coletividade. Certamente, não vai mudar o mundo, mas, enquanto durar o projeto, a ação terá poder de transformar a vida de muitos.

E, ao mesmo tempo que alcançam esse objetivo, as empresas melhoraram a percepção de suas marcas e produtos e, o que eleva o volume de vendas e aumenta os lucros.

Ainda que em ritmo ainda lento, porém, caminhando sempre, os empreendedores e seus colaboradores já têm a percepção que existe um bom trajeto até chegar no lucro.

Como os alpinistas que desafiam as altitudes, eles sabem que é preciso respeitar a montanha, escolher o melhor caminho, ajudar um ao outro, para que todos cheguem ao topo e, por último, lá no cume de uma montanha gelada, colocar sua bandeira. E isso é um ato simbólico, pois, a conquista está representada por todo o caminho percorrido.

Texto  escrito por Betto Alves

É jornalista, publicitário, especialista em Marketing Digital. Experiência em gestão e consultoria de projetos de comunicação offline e digital. Atua como professor na Esamc Campinas, nos cursos de graduação e MBA da instituição, nos eixos de negócios, comunicação e audiovisual. Especialista em desenvolvimento de treinamentos presenciais e em plataformas EAD. Ministrou palestras motivacionais para líderes e colaboradores em várias empresas, com foco Gestão de Pessoas, Marketing Digital, Reprogramação de Hábitos, Gerenciamento de Crise, Maximizar Resultados e Otimizar processos, dentre outras práticas pertinentes ao universo corporativo. Produtor de eventos com foco em Marketing e Empreendedorismo e Marketing Social. Atuação em grandes emissoras de TV locais, e nacionais, como Produtor Executivo, Redator, locutor, Repórter e Apresentador; Editor-Chefe e Diretor de Programas Ao Vivo. Concepção de programação para WebTV. No segmento impresso, atuou como repórter e jornalista. É professor do IBDEC desde de 2018, na área de Marketing Digital.

O Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Educação Corporativa (IBDEC) é uma escola de cursos livres fundada em 2006 e que já formou mais de 17 mil alunos. Acreditamos que a Educação é a melhor ferramenta para garantir o pleno desenvolvimento dos indivíduos e instituições.

Através de projetos e cursos diferenciados, nossa escola permite ao aluno vivenciar nas aulas aquilo que fará em sua atividade profissional, através de exercícios práticos, dinâmicos e reais. Contamos com material didático próprio elaborado e revisado por profissionais experientes, com sólida formação acadêmica e conhecimento de mercado, proporcionando aos nossos alunos o contato com o que existe de mais atual e real em sua área.