O mundo corporativo é mestre em criar palavras novas e repletas de (re)significados, mas, que, em geral, boa parte das pessoas já conhece ou as pratica, como exemplo estão: feedback, feedfoward, Reforço Positivo, Avaliação 360 graus, Core Competence, Teambuilding, Assessment entre outras.
São tantas, que o site da revista Forbes lançou em 2019 um glossário com as 245 palavras mais citadas em “corporativês”.
E, seguindo essa tendência de usar termos “novos”, como seres sencientes vamos falar de um assunto muito sério, que é Reforço Positivo.
O condicionamento operante
Na primeira metade do século XX, o psicólogo behaviorista e professor de Havard, Burrhus Frederic Skinner elaborou o Método de Condicionamento Operante, onde orienta que determinados procedimentos desencadeiam uma resposta no organismo e esta, gera uma consequência. E esta consequência, se for reforçadora, aumentará a probabilidade de repetição, se for punitiva, além de diminuir a probabilidade de sua ocorrência futura, gera outros efeitos colaterais.
Difícil de entender? Quer ver como não é? Relembre sua infância: você, com 5 anos, foi com seus pais visitar um parente distante e que morava em uma casa enorme (pelo menos para você naquela época era) e com muitas portas e lugares para explorar.
No entanto, você achou melhor ficar sentado, quieto e lendo os livros que lhe foram oferecidos pelo parente distante. Uma outra visita como essa, você ouviu reclamações por vários dias. No retorno, seus pais estavam visivelmente felizes com você, dizendo que você era uma criança exemplar, que não mexeu em nada, não quebrou nada (desta vez) e que era assim que tinha que ser. Até passaram na sorveteria para comemorar!
O seu comportamento é o condicionamento operante. Por sua vez, a reação dos seus pais, podemos dizer que foi o Reforço Positivo, para que você continuasse sendo comportado nas próximas visitas.
O feedback e o feedfoward
Nas empresas, o Reforço Positivo funciona de forma muito parecida, onde se busca, por meio de recompensas, que o colaborador repita uma postura considerada benéfica.
Para isso, duas ferramentas são utilizadas: o feedback e feedfoward. Para esclarecer nosso “corporativês”, feedback é dar resposta/retorno a um determinado pedido ou acontecimento, ou seja, estamos falando de algo que já aconteceu, ou como o próprio significado sugere “olhar para trás”.
Já o feedfoward é o oposto, que indica para ir em frente, no futuro.
E ambas, são ferramentas incríveis de transformação e evolução das pessoas. O primeiro mostra para o colaborador aquilo que tem de positivo e o segundo, aponta o caminho do que pode ser melhorado. E, os dois, potencializam o profissional e, principalmente, o ser humano.
Aplicando no dia a dia
No inicio, eu comentei que somos seres sencientes e, alguns leitores talvez nunca tenham ouvido essa palavra e o seu significado.
Sencientes são seres com capacidades de ter sensações e sentimentos de forma consciente. Ou seja, todos os seres vivos! Todos têm senciência, que é, portanto, a capacidade de sentir!
Por isso, a forma de oferecer o feedback e feedfoward para alguém, faz toda a diferença no processo de aprendizado e evolução do colaborador.
Assim, como o feedback ocupa-se do que passou, o que será falado é um comportamento que, muitas vezes, está enraizado na pessoa e, esta poderá ter dificuldade em aceitar a mudança.
É preciso ter cuidado para que não se transforme em uma crítica pessoal. É necessário focar no ocorrido e oferecer pontos de reflexão, para que seja transformador e proporcione autoconhecimento.
Por seu lado, o feedfoward mira no que está para acontecer, deve servir como uma bússola, apontando a direção a seguir e quais são as expectativas que se espera atingir para o desenvolvimento do colaborador.
Em resumo, primeiro a pessoa compreende e assimila o que houve (feedback), em seguida, começa a caminhar porque há uma trilha a percorrer (feedfoward). Assim, um comportamento complementa o outro.
E ainda, o Reforço Positivo precisa ser autêntico, pois, elogios vazios são facilmente percebidos. Mais uma dica importante: elogios podem ser públicos, as “broncas” precisam ser sempre em particular. Isso vale, para todos os campos da vida.
Dessa forma, todos crescem durante o processo, mas, é preciso lembrar sempre de agir com empatia, entendendo as próprias limitações e colocando-se sempre no lugar do outro.
Texto escrito por Betto Alves
É jornalista, publicitário, especialista em Marketing Digital. Experiência em gestão e consultoria de projetos de comunicação offline e digital. Atua como professor na Esamc Campinas, nos cursos de graduação e MBA da instituição, nos eixos de negócios, comunicação e audiovisual. Especialista em desenvolvimento de treinamentos presenciais e em plataformas EAD. Ministrou palestras motivacionais para líderes e colaboradores em várias empresas, com foco Gestão de Pessoas, Marketing Digital, Reprogramação de Hábitos, Gerenciamento de Crise, Maximizar Resultados e Otimizar processos, dentre outras práticas pertinentes ao universo corporativo. Produtor de eventos com foco em Marketing e Empreendedorismo e Marketing Social. Atuação em grandes emissoras de TV locais, e nacionais, como Produtor Executivo, Redator, locutor, Repórter e Apresentador; Editor-Chefe e Diretor de Programas Ao Vivo. Concepção de programação para WebTV. No segmento impresso, atuou como repórter e jornalista. É professor do IBDEC desde de 2018, na área de Marketing Digital.
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