“A vida lhe dá o que você merece, não o que você precisa. Não é “Precise e colherás”; mas sim “Plante e colherás’. Se você realmente precisa colher, então realmente precisa plantar.” Jim Rohn
O meu hoje é reflexo de ontem e será o motivo do meu amanhã. É uma questão de hábito ou simplesmente costume olharmos com a arrependimento das coisas que não deram certo e com orgulho aquelas que julgamos ter sido certeiras. Mas o que realmente julgamos está correto?
“Ele era uma pessoa simples que morava num povoado distante e sem muitos recursos. Prestava seus serviços para um senhor de posses da região. Porém, esse senhor com a ideia de inovar pediu que além dos serviços ele precisaria fazer algumas listas para ajudar na organização de seus afazeres. Mas sua formação era simples e mal sabia escrever seu nome. Não sendo mais tão útil logo o senhor o substituiu por um menino que já desenvolvia as habilidades da escrita. Percebeu então que mal sabia fazer outra coisa.
Chegando em sua simples moradia, cabisbaixo, imaginou ser sua ruína. Pensou em aproveitar o tempo livre para consertar alguns móveis de sua casa. Seu pensamento foi além, arrumar móveis poderia ser uma boa ocupação até conseguir uma nova ocupação. Decidiu então usar o pouco dinheiro recebido para comprar uma caixa de ferramentas completa. Como o povoado não tinha casa de ferragens, deveria viajar dois dias em uma mula para ir ao povoado mais próximo realizar a compra. E assim o fez.
No seu regresso, um vizinho bateu à sua porta:
– Venho perguntar se você tem um martelo para me emprestar.
– Sim, acabo de comprá-lo, mas eu preciso dele para trabalhar, já que…
– Bom, mas eu o devolverei amanhã bem cedo.
– Se é assim, está bem.
Na manhã seguinte, como havia prometido, o vizinho bateu à porta e disse:
– Olha, eu ainda preciso do martelo. Porque você não o vende para mim?
– Não, eu preciso dele para trabalhar. Além do mais, a casa de ferragens mais próxima está a dois dias de viagem, de mula.
– Façamos um trato – disse o vizinho. Eu pagarei os dias de ida e volta, mais o preço do martelo, já que você está sem trabalho no momento. Que lhe parece?
Realmente, isto lhe daria trabalho por mais dois dias. Aceitou.
Voltou a montar na sua mula e viajou. No seu regresso, outro vizinho o esperava na porta de sua casa.
– Olá, vizinho. Você vendeu um martelo a nosso amigo. Eu necessito de algumas ferramentas, estou disposto a pagar-lhe seus dias de viagem, mais um pequeno lucro para que você as compre para mim, pois não disponho de tempo para viajar para fazer compras. Que lhe parece?
Ele abriu sua caixa de ferramentas e seu vizinho escolheu um alicate, uma chave de fenda, um martelo e uma talhadeira. Pagou e foi embora. E nosso amigo guardou as palavras que escutara: ‘não disponho de tempo para viajar para fazer compras’. A notícia começou a se espalhar pelo povoado e muitos, querendo economizar a viagem, faziam encomendas. Agora, como vendedor de ferramentas, uma vez por semana viajava e trazia o que precisavam seus clientes. Com o tempo, alugou um galpão para estocar as ferramentas e alguns meses depois, comprou uma vitrine e um balcão e transformou o galpão na primeira loja de ferragens do povoado. Depois de um tempo, já não viajava mais, os fabricantes lhe enviavam os produtos. As pessoas dos povoados vizinhos passaram a preferir comprar na sua loja de ferragens a ter de gastar dias em viagens. Se tornou próspero, adquirindo terras e construindo seu próprio império. Sem mesmo saber ler. Certo dia, enquanto contava sua história de vida aos seus netos, percebeu o quanto a situação de não saber escrever lhe tirou da zona de conforto. Foi ela que o impulsionou a vencer! Ele não teria construído tudo aquilo se aquele senhor não o tivesse dispensado pelo simples fato de não saber escrever! O que deveria ser sua ruína se transformou em seu maior sucesso”
 
Escrito por Melissa Cristina Ponciano