Vamos inventar um produto ou serviço, que seja inovador e criativo, apresentá-lo ao mercado e aos investidores e, em pouco tempo, estaremos valendo mais de Us$ 1 bilhão e na seleta categoria de unicórnio!

Acreditem se quiser, já ouvi em algumas rodas de conversas sobre empreendedorismo algumas ideias dessas.

As palavras inovação, criatividade e invenção acabaram tomando significados variados, eu diria que cada pessoa tem o seu conceito de cada uma dessas palavras e, invariavelmente, misturando uma com as outras.

A Inovação

Normalmente, quando falamos sobre inovação, as pessoas imaginam máquinas mirabolantes, cenários futuristas e vários outros estereótipos e, poucos refletem sobre o significado verdadeiro.

Inovar significa gerar valor para resolver ou atender a uma necessidade real de clientes, da sociedade ou mesmo dos colaboradores de uma empresa. Ou seja, não é preciso criar coisas novas – máquinas, equipamentos ou serviços.

Inovação pode ser implementada com processos que aumentem a produção ou rentabilidade , soluções de logísticas , produtos e até com a excelência na experiência do cliente.

É preciso cuidado para não confundir inovação com melhorias, estas últimas, não geram valor ou vantagens competitivas e seus impactos não são significativos em médio e longo prazo.

A inovação pode ser classificada em quatro parâmetros: radical, incremental, substancial e disruptiva. Nos próximos artigos, vamos ver o que significa cada um desses parâmetros com mais detalhes.

Os pilares da inovação

Uma empresa focada em implementar uma cultura de inovação deverá estar atenta a quatro pilares básicos, que são

Pessoas – Sempre elas! A experiência e conhecimento prévios de cada colaborador, servirá para desenvolver e sustentar a inovação.

Processos – Cada etapa das atividades realizadas, as métricas utilizadas, procedimentos e metas são fundamentais neste processo.

Tecnologia – Máquinas, equipamentos, softwares e soluções digitais

Modelo organizacional – O comprometimento de empreendedores, acionistas, gestores, colaboradores, enfim, de todos os stakeholders para a efetivação de um governança responsável e humanizada.

A criatividade

Até aqui já entendemos que inovar nada tem a ver com inventar, que é criar algo novo, que nunca existiu.

Agora vamos falar da criatividade, que também pode assumir vários significados, do tipo “depende para quem você pergunta”.

A verdade é que criatividade tem um significado bastante subjetivo. Em nosso contexto, podemos entender que é o despertar do potencial para conceber/gerar novas ideias.

Pode-se dizer que uma equipe criativa está pronta para inovar. Porém, para que isso ocorra e, realmente, gere valor para a empresa ou sociedade, é preciso que exista uma cultura de inovação implantada.

E, o mais importante a destacar é que a criatividade pode (e deve) ser exercitada. Como um condicionamento físico, treinando de forma correta e contínua, o corpo vai ficando cada vez mais saudável.

Um dos grandes fantasmas é o bloqueio criativo, aquele período de dificuldades para “achar a inspiração”, seja para iniciar ou finalizar um projeto, pessoal ou profissional.

E, não pense que apenas publicitários, jornalistas ou artistas têm esse bloqueio. Ele pode surgir em qualquer profissão, por isso a necessidade de praticar criatividade.

Uma equipe pode “fazer academia criativa” para destravar as ideias e encontrar soluções.

Para isso, alguns exercícios podem ser realizados, por exemplo:

– Quadro ou bloco de ideias – anotar as ideias quando elas surgem. Do tipo “uma hora vai servir”. O grande escritor Mark Twain (1835-1910), mantinha um bloco e lápis em seus bolsos e as anotações foram usadas nos livros “As aventuras de Tom Sawyer” e ” As Aventuras de Huckleberry Finn”.

– Fazer um brainstorming caminhando – reunir a equipe e caminhar por praças e jardins, discutindo a pauta e buscando as melhores alternativas. Para quem não sabe, o filósofo Aristóteles ensinava desta forma na Grécia, em 336 a.C e sua escola ficou ativa até o século IV, provando que o método é eficiente.

Esses e outros exercícios de criatividade possibilitam aos profissionais criar conexões entre as experiências antigas com as novas e formatar uma solução (ou inovação), ou seja, fazer novas combinação de ideias antigas.

Isso cria repertório para o profissional, ampliando suas habilidades e possibilidades de desenvolvimento pessoal e técnico.

Novamente, insisto que, para que tudo isso seja praticada em uma empresa, é necessário que exista uma cultura de inovação ampla, assumida por gestores e líderes, e entendida por todos os colaboradores.

Pois, não adianta uma empresa imaginar ou achar que é inovadora e disruptiva se, na dia a dia não tem implantada uma política de gestão de pessoas, uma comunicação efetiva com seus colaboradores e com seu mercado de atuação, ou mesmo, incentivem a competição desenfreada entre os departamentos ou o excesso de confidencialidade.

E, sobre esse assunto, que está inserido nos quatro parâmetros da inovação, você poderá acompanhar com detalhes no meu próximo artigo.

Nos vemos em breve, até lá!!!

Texto  escrito por Betto Alves

É jornalista, publicitário, especialista em Marketing Digital. Experiência em gestão e consultoria de projetos de comunicação offline e digital. Atua como professor na Esamc Campinas, nos cursos de graduação e MBA da instituição, nos eixos de negócios, comunicação e audiovisual. Especialista em desenvolvimento de treinamentos presenciais e em plataformas EAD. Ministrou palestras motivacionais para líderes e colaboradores em várias empresas, com foco Gestão de Pessoas, Marketing Digital, Reprogramação de Hábitos, Gerenciamento de Crise, Maximizar Resultados e Otimizar processos, dentre outras práticas pertinentes ao universo corporativo. Produtor de eventos com foco em Marketing e Empreendedorismo e Marketing Social. Atuação em grandes emissoras de TV locais, e nacionais, como Produtor Executivo, Redator, locutor, Repórter e Apresentador; Editor-Chefe e Diretor de Programas Ao Vivo. Concepção de programação para WebTV. No segmento impresso, atuou como repórter e jornalista. É professor do IBDEC desde de 2018, na área de Marketing Digital.

Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Educação Corporativa (IBDEC) é uma escola de cursos livres fundada em 2006 e que já formou mais de 17 mil alunos. Acreditamos que a Educação é a melhor ferramenta para garantir o pleno desenvolvimento dos indivíduos e instituições.

Através de projetos e cursos diferenciados, nossa escola permite ao aluno vivenciar nas aulas aquilo que fará em sua atividade profissional, através de exercícios práticos, dinâmicos e reais. Contamos com material didático próprio elaborado e revisado por profissionais experientes, com sólida formação acadêmica e conhecimento de mercado, proporcionando aos nossos alunos o contato com o que existe de mais atual e real em sua área.